Olá
meus irmãos.
A
graça e a Paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.
Tenho
um tema um tanto polêmico para tratar com vocês hoje. Contudo, devo informar
que não se tratará de uma mera postagem, mas de um estudo sobre o tema “dízimo”. Assim sendo, esse texto vai sim ser extenso, mas peço que não desistas da leitura até que cheque ao final dela. Para isso também falarei da conduta de
alguns pastores.
Sei que existem muitos
pastores, homens de Deus que ao pedir contribuições para a igreja, visam vê-la
realmente crescer. Não me direcionarei a esses, mas aos que malignamente não
percebem seu desvio de conduta espiritual.
Vou dar o que chamarei de “PONTOS DE CHOQUE” em vocês, e isso
mexerá com a cabeça de alguns. Principalmente de quem não conhece a bíblia
direito. Então bíblia na mão e vamos lá:
Todos são
sabedores de que em muitas nações o isolamento social exigido pelos governos à população, no
intuito de conter o avanço do coronavírus (pandemia deste inicio de século), alcançou inúmeras empresas e
instituições.
Dentre as instituições que foram obrigadas a fechar as portas
estão as associações religiosas, mas conhecidas no meio secular como igrejas.
Bom. Nós sabemos que a igreja
no sentido bíblico não pode ser extinta ou paralisada, pois trata-se de uma assembleia
espiritual, cuja marcha é cadenciada pelo Espírito Santo.
Contudo o templo onde
a igreja espiritual se reúne tem sido chamado também de igrejas ou instituição religiosa.
Ocorre que é recorrente a fato do propósito e da
natureza de tais instituições serem deturpados em razão do interesse e da
corrupção humana.
Muitas chamadas “igrejas” se
especializaram em extraír de seus membros, sob uma potente ameaça de maldição,
ofertas e dízimos que extrapolam o determinado na bíblia.
É uma prática muito
conhecida a coleta de duas, três e as vezes quatro ofertas em um só culto. E quando
se tratam de ofertas destinadas a construções de obras “faraônicas” que venham a
elevar a importância do líder maior da instituição, aí que a ausência de contribuintes
é castigada com esbravejamentos de que os fiéis são “INGRATOS”.
Quantas vezes observamos
líderes religiosos dizendo que só orarão por quem contribuiu; ou que os
ingratos, que não deram a terceira ou quarta oferta para a construção do templo
maior, seriam castigados com a presença do destruidor.
Pobres líderes feiticeiros!
Não percebem o dano espiritual que estão
proporcionando a sua alma e a dos outros.
Em 2020 a tragédia caiu sobre a
vida dos líderes que viciaram-se em extrair grandes somas dos fiéis. Os templos
tiveram que ser temporariamente fechados. Não havia mais como coagir
presencialmente os fiéis para exigir duas, três ou quatro ofertas.
Agora o
desafio é evitar que os fiéis, confinados em suas casas, não “evadissem” da rol
de membros local.
A receita das “igrejas
extratoras” reduziu drasticamente. Qual seria o motivo? Afinal o número da
conta das instituições religiosas fora disponibilizado pela internet.
O problema na realidade foi
que a verdadeira igreja de Deus começou a acordar. Durante o isolamento, cristãos começaram a ver seu próximo passando fome e angústia, pois não tinham
recursos. Como, diferente da instituição religiosa, a igreja possui a capacidade de
amar o próximo, cada homem e mulher de Deus, começou a dar os dízimos e ofertas em alimento, vestimentas e recursos para amparar o próximo necessitado, que por sinal é a representação de Jesus
Cristo na Terra.
Por que digo isso?
Lembram-se
do que Jesus Disse?
“Então, dirá também à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque
tive fome, e não me destes de comer;
tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me
recolhestes; nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me
visitastes. Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor,
quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na
prisão e não te servimos? Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade
vos digo que, quando a um destes
pequeninos não fizestes, não o fizestes a mim. “ Mateus
25:41-45 – grifo nosso.
Diante disso, muitos sem
perceber, durante a crise causada pela pandemia vestiram, cuidaram,
alimentaram, visitaram, acolheram Jesus Cristo, por meio de suas ofertas e
dízimos. Entregaram, verdadeiramente, a Deus o que era de Deus.
Ocorre, que o isolamento está
acabando e com isso, muitos templos voltaram a abrir. Neste momento,
recomeça-se a ouvir os esbravejamentos de que todos devem trazer o dízimo para
a “igreja”. Contudo, nada informam se agora vão prestar contas aos membros,
se os dízimos estão realmente sendo direcionados para a obra de Deus, ou seja:
alimentar os órfãos e viúvas e propagar a palavra de Deus.
Contudo, uma nova informação
está sendo inserida no meio das advertências da entrega do dízimo, e isso é o
que provocou esse estudo. Estão anunciando na instituição religiosa que:
·
Dizimo não é para se transformar em cesta
básica.
·
Dízimo não para você ajudar a alguém.
·
Dízimo é para a casa de Deus.
·
O dízimo não lhe pertence, pertence a obra de
Deus.
·
Dízimo é semear na obra de Deus. ”
Bom, eu sou um dizimista fiel.
E entendo que devemos contribuir para a manutenção do templo de tijolos também,
porém o edifício construído com tijolos não pode ser prioridade frente ao
templo do Espírito Santo que é o próprio ser humano.
Assim, sendo, diante de
heresias devemos nos posicionar.
Mas afinal, devemos dar o dízimo ou não? Devemos ofertar ou
não? Qual é a obra de Deus?
É notório que os templos de
hoje em dia são mantidos com dinheiro. Afinal luz, água e manutenções não se
pagam de outra forma.
Entretanto devemos entender que os templos NÃO PERTENCEM
aos pastores presidentes, como erradamente pensam alguns. Se por acaso pertencerem, isso sim será roubar a Deus.
O templo local pertence ao
conjunto de pessoas, que em determinado momento resolveram se unir e construir
um lugar para congregar.
Mas infelizmente a maioria dos chamados
pastores ou não entendem isso ou buscam ocultar isso dos membros.
Não bastasse o império que
muitos homens levantam, sob uma coação, alegando que estão a prestar um serviço
a Deus, levantando catedrais imensas, acabam também por apresentar, para
possíveis “clientes políticos”, o quão influente o líder é.
Tal qual um mau pastor vende as ovelhas que não são suas, esses vendem os votos de
seus membros a quem lhes interessa, ou buscam assumir um poder maior por meio
dessa manipulação em massa.
Mas todo o império depende do
êxito em se extrair o máximo do “rebanho”. Prometendo as vezes que Deus dará
cem vezes mais, aquilo que os membros colocarem na tesouraria da igreja.
Apesar dessas observações corriqueiras, atualmente extrapolaram o limite de tudo o que poderiam fazer ao dizer:
- dízimo não é para
ajudar ninguém!!!
Bom, vamos podar alguns conceitos
errôneos utilizado por quem quer extrair dinheiro da igreja impedindo que esse
flua em direção aos que realmente precisam do mantimento que deveria existir na
“casa de Deus”.
Por isso, vou dar alguns “PONTOS DE CHOQUE” em vocês.
Preparados??? Lá vai:
CHOQUE 01:
O templo físico NÃO É A CASA
DE DEUS!!! É apenas um dos locais onde as moradas de Deus se reúnem.
Mas Deus ficou sem casa???
De maneira nenhuma.
Quando Jesus Cristo morreu na
cruz para nos perdoar e salvar, ao entregar o seu espírito, Deus, na pessoa do
Pai, rasgou o véu do templo (que era considerado a casa de Deus no ANTIGO
TESTAMENTO) de alto a baixo, deixando claro que a antiga aliança havia terminado e uma nova aliança, um NOVO TESTAMENTO, começava, a partir da morte de Jesus
Cristo.
Agora a natureza do homem não
era mais de pecador, a sombra do que foi Adão, mas a de justo, a luz do nosso
Senhor Jesus.
Dessa forma, Jesus Cristo
inicia o cumprimento do que havia profetizado para a mulher samaritana junto a
um poço, conforme o evangelho de João 4:20-23:
“Nossos pais
adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve
adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a
hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o
que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas
a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. ” João 4:20-23 –
grifo nosso.
O que Jesus estava dizendo é
que aquela obrigação de encontrar-se com Deus somente em um templo, e não
conseguir adorá-lo em outro lugar iria acabar, pois onde estivesse dois ou três
reunidos em nome de Jesus ali Ele estaria.
Jesus deixou claro onde seria
a morada de Deus depois que estivéssemos sob um novo testamento:
“Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a
minha palavra, e meu Pai o amará, e
viremos para ele e faremos nele morada.” (BÍBLIA ARC, João 14:23)
A partir daí podemos entender
o salmo profético de número 46, versículo 4, quando chama o lugar celestial de “Santuário
das moradas do Altíssimo”.
Nós somos a casa de Deus!!!
E nosso coração é o
lugar onde o Seu Espírito Santo mais gosta de estar. Pois nele um banquete é
montado para que possamos cear alegremente com o nosso doce amigo Jesus.
Mas entenda, não estou dizendo
que devemos abandonar nossas reuniões, pois afinal o ajuntamento de santos atraí
pessoas carentes de Deus e do seu poder.
Contudo entenda. Quando o culto termina, Deus vai junto com você para casa.
Sabe o que isso significa?
Significa que entre uma alma e
um templo gigante de tijolos e concreto, a alma será o tesouro de Deus e o
prédio físico semelhante a nada para o Senhor.
Assim sendo, seguimos para o
segundo ponto de choque?
CHOQUE 02:
- A OBRA DE DEUS NÃO É
TRABALHAR PARA OU NUMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA!!!
Isso mesmo, ser pastor,
dirigente de conjunto, regente, líder de círculo de oração, obreiros em geral,
não é necessariamente fazer a obra de Deus. Há muitos que estão com altos
cargos eclesiásticos, mas são pobres espirituais. Nada fazem senão sustentar
uma posição social.
Qual é a obra de Deus?
A obra de Deus advém do
cumprimento dos mandamentos neotestamentários. Quais são?
“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o
primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, Amarás o
teu próximo como a ti mesmo. ” Mateus 22:37-39
O que advém do mandamento de amar a Deus de todo o coração e ao próximo
como a ti mesmo?
Ora, crer em Jesus Cristo, enviado de Deus e amar ao seu próximo. Sendo que
cuidar do próximo é cuidar da obra de Deus. Podemos ver isso nitidamente em
João 6:29 e romanos 14:15 e 20
“Jesus respondeu e disse-lhes: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou. João
6:29
Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não
andas conforme o amor. Não destruas por
causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Romanos
14:15
Não destruas por causa
da comida A OBRA DE DEUS. É verdade que tudo é
limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Romanos
14:20”
Você entendeu? NÓS SOMOS A
OBRA DE DEUS!
Livrar almas do inferno. Conduzir
almas a Jesus Cristo; e cuidar dessas almas é a obra de Deus. E isso não é
tarefa só de pastores não. É de todos nós.
CHOQUE
03:
Estamos no novo testamento.
LOGO:
O
DÍZIMO NÃO É OBRIGATÓRIO!!! VOCÊ O DÁ POR AMOR!!!
Não estamos mais sob as leis
do antigo testamento. Assim sendo é contraditório argumentar que o dízimo é
obrigatório, a partir de Malaquias 3:10,11, Por que? Deixe-me explicar:
No antigo testamento é dito:
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa,
e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não
haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não
destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril,
diz o Senhor dos Exércitos. Malaquias
3:10,11
Bom primeiro
lembremos que a “casa do tesouro” provavelmente tratava-se de uma câmara
existente no próprio templo em Jerusalém. O objetivo de se trazer os dízimos
remetia a manutenção do templo e ao mesmo tempo dos levitas que não possuíam herança,
ou seja: terras para cultivar. Afinal sua herança era o Senhor (Deuteronômio 10:9). Assim o mantimento era garantido para
aqueles que não possuíam terras para cultivar, ou seja, os levitas.
Notem que Deus promete repreender ao devorador por causa daqueles que
cumprissem aquela lei.
Mas hoje estamos na graça. Estamos no novo Testamento. Jesus Cristo
cumpriu a lei, e por causa Dele, o devorador (maligno) não nos toca:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive
pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe
toca.” 1 João 5:18
É por causa de Cristo que o devorador não vem sobre nós e não por causa do dízimo.
Bom, reconhecendo que o antigo
testamento é sombra do novo, então precisamos contextualizar. E você já está
pronto para entender. Assim sendo:
“trazei todos os dízimos para
a casa do tesouro” ou seja: ministrem bênçãos espirituais e materiais ao
coração das pessoas.
“para que haja mantimento em
minha casa”. – Para que o próximo não passe fome.
Deus repreenderá o devorador –
Estamos em Cristo, o devorador não pode tocar quem está em Cristo.
Mas me permitam uma
advertência:
CUIDADO PARA ALGUNS NÃO USAREM AS NUVENS DE GAFANHOTOS QUE SOBREVOAM
PAÍSES PARA ASSUSTAR SEU CORAÇÃO, DIZENDO: VIRÃO!? ISSO É PORQUE O DÍZIMO
DIMINUIU.
NÃO CAIAM NESSA.
Contudo, permitam dizer que
podemos sim dizimar na igreja, se assim sentimos. Como disse eu dizimo. E sinceramente
faço isso, não porque sou obrigado, mas porque entendo que há a necessidade de
um local em determinado bairro, que sirva de referência para alguma pessoa
aflita se encontrar com algum homem ou mulher de Deus para lhe orientar e
consequentemente com Jesus.
No entanto, se alguns pastores
quiserem mais membros que dão o dízimo com alegria, defendendo seu pastor
local, e ofertando sem que alguém os obrigue, dou-lhes umas dicas:
1.
Pregue a
palavra de Deus.
2.
Pare de
interromper o culto para fazer eventos sociais ou propagandas.
3.
Construa um
estatuto para sua igreja.
4.
Crie um
conselho de membros que definam e fiscalizem para onde vão os recursos oriundos
dos dízimos e ofertas.
5.
Estabeleça no
estatuto o valor do salário do pastor presidente. Mas que seja um valor
moralmente adequado a realidade dos membros.
6.
Dê importância
ao voluntariado na igreja. Templo não é cabide de emprego.
7.
Coloque prazo
de mandato do pastor presidente e forma de eleições.
8.
No final do
ano, se colocar seu cargo a disposição apresente pelo menos dois candidatos
para te substituir. Perguntar se alguém quer que você saia sem apresentar um
candidato é hipocrisia. Mostra que sua intenção é perpetuar no poder.
9.
Não aborte
líderes, gere-os.
10. Preste contas para a igreja, apontado pelo menos
quanto entrou no mês, para onde foi destinado e o que sobrou.
11. Não coloque imóveis da instituição em nome de
associações laranjas. Coloque-os em nome da igreja.
12. Caso desejes apresentar contas para
transferências de valores, apresente contas da igreja e não de associações criadas
pela igreja, isso é imoral e teologicamente errado.
13. Se a igreja tiver funcionários ou pastores
auxiliares que vivem de salário pago pela igreja, não atrase o salário deles,
isso é desonesto e gera escândalo.
14. Invista mais em pessoas e menos em centro de
eventos.
15. Não comprometa o voto dos irmãos. Eles são livres
para votar nas eleições em quem quiser. Apenas oriente-os em como deve fazer
uma escolha pautada nos princípios cristãos.
16. Pare com a abominação e heresia de coletar mais
de uma oferta na noite. Igreja não é cassino para levar até a última moeda do
bolso dos fiéis.
17. Tenha um plano de contingência para ajudar
pessoas que precisam de pagar tratamentos médicos, alimentos, entre outros. Mas
é claro que tudo dentro da realidade da igreja local.
18. Se for contribuir com um missionário, não o abandone
no meio do caminho quando bem entenderes. Ele é uma alma que precisará de
ajuda, e não pode ser traído com a sua desistência.
19. Abrir igreja onde já existe outras não é missão,
é expansão de área de atuação. Não seja hipócrita.
20. A construção e ampliação de templos, centro de
eventos, compra de veículos e equipamentos deve ser objeto de aprovação de um
conselho gestor ou assembleia geral de membros. Nunca uma imposição sob
chantagem emocional ou psicológica.
21. Cuide dos membros que tens antes de pedir que
mais almas sejam agregadas a congregação. Pastores que são péssimos despenseiros
da palavra não podem ter rebanhos. Caso contrário os matarão de desnutrição espiritual.
´
22. Aniversários de pastores e eventos comemorativos
de mães, pais, e outros devem ser feitos antes ou depois do culto. Durante o
culto cultue a Deus.
23. Há. E não desvie a oferta da escola dominical
para outro objetivo. Ela é para manutenção da escola dominical.
CHOQUE 04:
DÍZIMO É PARA AJUDAR PESSOAS.
A finalidade primeira da obra
de Deus é alcançar vidas; Resgatando-as do inferno e investindo nelas se for
necessário. Dar dinheiro para construir grandes templos, centro de eventos,
fazer congressos, comprar carros, não é fazer a obra de Deus, mas apenas
satisfazer desejos de um grupo de membros. Isso pode acontecer, mas deve ser
objeto de aprovação de uma assembleia.
Os dízimos devem ter função
primordial de ajudar vidas, dentro das possibilidades econômicas da
congregação. Ou seja, a ajuda deve ser proporcional ao que a instituição religiosa
pode arrecadar, sem comprometer a sua manutenção.
Podemos então dizer que:
·
Se uma alma precisa de mantimento o dízimo pode
sim ser transformado em cesta básica.
·
Dízimo é para mantimento na casa do Senhor e
quem precisa de mantimento são pessoas, ou seja, as almas por quem Jesus Cristo
morreu.
·
Dízimo é para a casa de Deus. É verdade. O coração
humano é a casa de Deus.
·
O dízimo não lhe pertence, pertence a obra de
Deus. E a obra de Deus são as almas que Ele quer levar para o céu.
CHOQUE 05:
VOCÊ NÃO DEVOLVE O DÍZIMO VOCÊ O DÁ!!!
Por que isso?
No novo testamento, dízimo é
louvor. Não é Deus que louva ao ser humano, mas o ser humano é quem louva a Deus,
dando-lhe glória.
Deus disse:
“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a
outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.” Isaías
42:8
Não se devolve louvor para
Deus, se dá.
O dízimo dado, voluntariamente
e por amor, é um louvor agradável.
Chega de coação moral para
extorquir até a última moeda dos irmãos. Quantos se veem coagidos a entregar
dinheiro e depois saem escandalizados murmurando.
Só para lembrar. Não adianta citar o exemplo de Ananias e Safira, que morreram já sob o novo testamento.
Eles não morreram porque não deram o dízimo de forma correta, mas porque
queriam viver a custa dos irmãos em Jerusalém que há época vendiam suas
propriedades, pois pensavam que Jesus estaria por vir naqueles dias, depositando
o valor integral junto aos apóstolos, sabendo que seriam cuidados por esses
irmãos ao longo da vida. Contudo mentiram, retendo parte do valor levantado na
venda. Seria um excelente negócio para eles naqueles tempos: ter dinheiro
sobrando e um grupo de pessoas mantendo-os ao longo da vida. Pecaram contra o
Espírito Santo. Não se arrependeram desta tentativa de engano e isso os matou.
Mas definitivamente, não
estavam dando dízimo. Muito menos eram obrigados a dar tal oferta.
Num tempo tão próximo da Vinda
de Jesus, deverias ter mais pregações sobre salvação, e menos, muito menos
coações sobre dinheiro. Jesus não mandou pregar sobre dízimos nos sermões, na
realidade nem Deus no antigo testamento se preocupou de inseri-lo no decálogo.
O que muitos não querem que os
cristãos saibam é que, na realidade, essa exagerada exigência de dinheiro tem
apenas um objetivo: patrocinar poder econômico para líderes, por meio da sua
evidenciação frente ao crescimento estrutural de seus templos. Mas uma equação
triste acaba por acontecer. O crescimento de um templo por interesse de um
líder ganancioso é inversamente proporcional ao crescimento espiritual dos
membros.
Depois de tudo isso, deixo a surpresa...
É pecado não dar dízimo?
Bom. Dizimar e ofertar sem querer, sem voluntariedade, obrigado, certamente não agrada a Deus.
Se seu coração não está voluntário é melhor não dar dízimo.
Mas se seu coração está aberto, feliz e voluntário, será uma benção.
Obrigar dar oferta e dizimo é pecado.